Pode se dizer que Pernambuco é um estado que vive sua cultura em ciclos. Não
que os agentes culturais do estado deixem de produzir durante um período entre
ciclos, mas é que esta produção só se sobressai de tempos em tempos quando se
nota a predominância de certos aspectos conjuntos em linguagens artísticas
diferentes.
No cinema (1), nos anos
20, houve o Ciclo do Recife, onde filmes importantes como "A Filha do
Advogado" e "Aitaré da Praia" marcaram a história do cinema mudo
nacional. Cinquenta anos depois, surgia o Ciclo do Super8, quando cineastas
como Jomard Muniz de Brito e Paulo Cunha testavam uma nova linguagem
cinematográfica nesta bitola. No final da década de 2000, outro ciclo
cinematográfico surge em meio a incentivos de editais e fundos de cultura.
Na música, as coisas não são muito diferentes. Apesar
de que cada período da história musical no Recife do Século XX teve seus
momentos de maior e menor intensidade.
(1) Maiores informações
sobre o assunto no livro do Prof. Alexandre Figueirôa: “Cinema Pernambucano:
Uma História em Ciclos” (2000).